Til - José de Alencar
Volume I
Capítulo 1 (Capanga)
Berta e Miguel caminham em um campo muito rico em paisagens naturais. Ele, que carrega uma espingarda de caça, às vezes a deixa ir à frente para admirara-la. Aparece um homem no meio do mato, o capanga Jão Fera. Na brincadeira Miguel aponta a arma para ele. Miguel o provoca. Jão vai para cima dele.
Capítulo 2 (Na tronqueira)
Berta se posiciona entre os dois e, com voz firme e olhar destemido, ordena que ele vá embora. O bugre hesita, mas ela insiste. Jão se afasta cuidadosamente. Miguel se tranquiliza, mas ainda diz que vão se encontrar. A menina, na qual ele chama de Inhá, pergunta o porque dele ter apontado a arma. Miguel diz por ele ser um assassino, Berta desmente, falando que não tem medo dele.
Eles vão para uma vereda, onde há uma especie de porteira. Berta começa a se balançar nele. Ele se sente incomodado com essa atitude infantil dela, mas a vê como uma fada. Ele resolve caminhar na mata fechada. Berta o chama, já que Linda, sua amiga, que viria com seu irmão Afonso, iriam vê-los. Miguel continua. À distância, a Inhá ouve um agudo assobio e avista o vulto de Jão Fera.
Capítulo 3 (Ela)
Inhá segue Miguel com um olhar contente. Ela com uma estatura magra e que seu corpo de menina era escondido pelas roupas de menino. Também tinha uma personalidade versátil. Miguel mal deu vinte passos quando Berta o chamou aos gritos para convencê-lo a ir até a fazenda. Ele revela que não quer ir por que não gosta de ver as brincadeiras dela com Afonso. Ela quer que ele vã para Linda não ficar chateada, mas ele confessa não gostar dela. Ele diz que só iria a fazenda se ela não tivesse contato com Afonso, Inhá se recusa e vai sozinha.
Capítulo 4 (Monjolo)
A Fazenda das Palmas, cujo o dono o dono Luís Galvão, recebeu como herança. O mesmo se casou com a filha de um capitalista de Campinas. A fazenda se tornou um modelo de empreendimento. A certa distancia da entrada principal da fazenda, um cavaleiro atende a um assovio. Encontra-se com um negro escravo (Monjolo), que com ele traz um recado: Faustino disse que se arranjou conforme o prometido. O escravo também falou sobre o "branco" que estaria para sair à cavalo na companhia de um capanga e um pajem. O homem o pagou pela informação. Ele se afasta e vai para um desfiladeiro, conhecido como Ave-Maria. Esse foi descrito como o melhor lugar para uma emboscada.
Capítulo 5 (A tocaia)
Jão Fera observara de longe Miguel e Berta. Com uma atenção especial à Berta. Quando Monjolo assoviou, o Bugre foi para o desfiladeiro. É visto o cavaleiro que falou com o escravo a pouco tempo. Jão, pensava na jovem, e imaginou a menina desconfiando dele. Ele ia se aproximar, até que o cavalo empina e joga o cavaleiro no chão, onde o corpo rolou.
Capítulo 6 (O empenho)
O motivo do cavalo ter se empinado era uma cobra. O homem se levantou e acalmou o cavalo. Jão reconheceu seu nome, pois havia encomendado a morte de um homem. O cavaleiro se identifica como Barroso. Jão recebeu adiantado e não aceitou matar o homem, após saber quem era. Quando soube quem matar, ele fez de tudo para devolver o dinheiro, mas conseguiu apenas uma parte dela. Barroso não aceitou parte do dinheiro. Eles combinaram de se encontrarem mais tarde. O Bugre planejava atacar Barroso para quitar sua dívida.
Capítulo 7 (O marmanjo)
No terraço da fazenda um mulato vigia os animais. Na janela Rosa avisa que o almoço está quase pronto. O mulato é puxado para dentro da casa pelo pajem Faustino. Na mesa estavam: D. Ermelinda,
a dona da casa, senhora de pouca beleza mas elegante; Luís Galvão, o senhor da casa e proprietário da fazenda; Afonso, o filho homem mais velho; Linda, a filha mulher, e Nhô Brás, o filho mais novo – aos 15 anos, era feio, descomposto, sem modos à mesa. Naquele momento, acabou de derramar com o queixo, sobre a roupa limpa, a xícara de café que molhava sua broa de fubá. Repreendido pela Rosa, enfiou-lhe o garfo nas coxas
Capítulo 8 (Pressentimento)
Ninguém reparou no acontecido, e logo o menino enche os bolsos de pães e sai da mesa. D. Ermelinda estava preocupada com a viagem de 3 dias que Luís iria fazer à Campinas. Ele tinha maus pressentimentos, devido as noticias trazidas por Pereira, administrador da fazenda. Luís a acalma dizendo que não a motivos para ataca-lo. Ela comenta sobre o Jão Fera, que foi visto por perto. Ele a lembra que ele era um antigo conhecido de sua casa e um homem honrado. Linda fica do lado da mãe. Luís promete trazer vestidos e enfeitas para ela de sua lista. O relógio bate, chamando para a partida.
Capítulo 9 (As amostras)
Era hora de ele partir, porém com o pavor da esposa resolve ficar. Ela, por sua vez, pensando na filha e seus presentes, fala para ele ir. Ele partiu com o pajem, que abriria o caminho. D. Ermelinda manda Afonso e Linda brincarem, enquanto ela observaria o marido partir. Ele volta dizendo que esqueceu a lista de Linda, mas na verdade era um segredo dele o papel. Ele se foi e deu um último adeus a mulher.
Capítulo 10 (Os gêmeos)
Os irmãos Linda e Afonso vão se encontrar com Berta e Miguel. É dito por Linda que o irmão não se aguentava de vontade de ver Berta e Afonso chegava a irritar a irmã ao falar de sua atração por Miguel. Eram gêmeos, tão parecidos fisicamente que um dia, quando crianças, Afonso vestira roupas da irmã e fora esperar Berta, que ao vê-lo, pensando que era Linda, cobriu-o de beijos, até que ele revelasse a personalidade. Berta riu muito, mas tornou-se mais cautelosa. Agora, seria impensável uma cena como aquela: Afonso cresceu e já adquiriu traços masculinos.
Capítulo 11 (No Tanquinho)
Linda e Afonso, vão para a roça e chegam ao Tanquinho, um bonito lago. Berta e Miguel não estavam lá (estavam no portão), mas logo chegaram. Afonso percebe Miguel cabisbaixo devido a discussão que tivera com Inhá, mas ele disfarça o ciúme. No meio do mato ouvia-se: "Til!...Til!..."
Capítulo 12 (Idílios)
Os encontros entre os amigos no Tanquinho eram constantes, e os namoros que se bolavam eram segredos apenas para os pais dos irmãos. Afonso namorava Berta abertamente. Linda era apaixonada por Miguel. Mas Miguel queria Berta, sua Inhá. Berta, no meio de tudo isso,não sabia quem premiar com seus carinhos. D. Ermelinda, se soubesse, provavelmente proibiria. Os dois diziam apenas que iam passear, sem dizer o destino.
Nota: Idílio significa namoro.
Capítulo 13 (Susto)
Berta correu para colina, após ouvir o grito. Linda pergunta a Miguel se ele não gostaria de estudar, ele diz que sim, mas falta-lhe dinheiro. Ela sugere que peça emprestado ao seu pai, mas o menino recusa dizendo que não teria como pagar. Afonso dirigia-se para a colina para pregar um susto em Berta, porém a mesma já voltara e perguntara onde Luis Galvão iria, já que avistara ao alto da campina. Linda contou.da apreensão de sua mãe, já que seu pai passaria pela Ave-Maria. Berta some. Linda, Afonso e Miguel sobem a colina para ver Luís Galvão partir, escutam novamente o chamado por "Til". Os irmãos se despedem e Miguel vai a procura de Berta.
Capítulo 14 (A vespa)
Miguel não encontrava Berta, por mais que a procurasse. Ela sempre sentiu, nos encontros com Jão Fera, que ele tinha bondade no coração, mas naquela manhã tinha a sensação no bugre suas más intenções; sabia que ele estaria preparando uma emboscada ao Sr. Luís Galvão na Ave Maria. Por isso corria, procurando um atalho que lhe permitiria chegar ao lugar antes deles, para vigiar sua travessia. Ouviu um barulho atras dela, era Luís Galvão. Ela avistou o Bugre que iria atacar. Porém, ele virou-se e viu Berta que com todos suas forças dizia: "-Malvado!".
Capítulo 15 (O relicário)
O assassino reagiu, inicialmente, com ferocidade à intromissão de Berta, mas a menina conservou a coragem e soube se impor ao coração do bugre. Depois, perguntou-lhe se era verdade que matava gente. Ele assumiu que sim, e que o fazia por dinheiro. Decepcionada, a menina diz que não queria acreditar nos que o acusavam de ser uma besta, mas agora via que ele era um monstro: atacar por dinheiro o filho do benfeitor em cuja casa fora criado?!
Jão Fera retrucou que não seria escravo de um homem que se mostrara bom com um miserável apenas por vergonha ou para aparecer bem perante os outros. E que se poupasse Luís Galvão seria por outro motivo: por Berta. Ela ordena, então, que ele não cometa o crime; mas o bugre retruca que empenhou sua palavra e deve dinheiro. Berta ri, escarnecendo do fato de ele – um assassino – não querer roubar para quitar sua dívida, o que o deixa transtornado de humilhação, mas ele não voltaria atrás na palavra empenhada. Então, a menina coloca em sua mão um cordão de ouro com uma cruz, ordenando a ele que o vendesse para quitar sua dívida: era o relicário que herdara de sua mãe.
Um grito horrível estrugiu do peito de Jão Fera, que se enfiou nas brenhas. No mesmo instante, despenhou do barranco um corpo que caiu aos pés da menina estrebuchando e rangendo os dentes. Era Brás, o idiota, os espiando.
Fim do Volume 1
Referências:
Til - José de Alencar
http://resumoporcapitulo.com.br/til/
http://www.integral.br/2011/userfiles/file/obras/Til.pdf